Comunidades remanescentes dos quilombolas do Vale do Guaporé: formação, diversidade cultural e reconhecimento.

Abstract

O presente trabalho propõe apresentar o contexto histórico de como se formaram as comunidades remanescentes de quilombolas do Vale do Guaporé, estado de Rondônia, suas diversidades culturais e reconhecimento. Para alcançar ao objetivo proposto foi realizado uma pesquisa bibliográfica. Os resultados apontam que as comunidades remanescentes de quilombolas são classificadas como grupos étnico-raciais, com trajetória histórica própria, que relacionam como território específico e com a ancestralidade negra, vinculado aos movimentos de resistência aos processos de opressão histórica sofridas no país. A formação das comunidades remanescentes de quilombolas do Vale do Guaporé está relacionada ao processo de fuga frente a realidade sofrida, sendo formadas por negros que se libertaram da escravatura, seja fugido de fazendeiros ou advindos de outras regiões atraídos pelo trabalho na mineração. As principais comunidades estudadas foram: Jesus, Pedras Negras, Santa Fé, Forte Princípe da Beira, Santo Antônio do Guaporé e Rolim de Moura do Guaporé. São esses povos que com persistência marcaram o espaço onde habitam garantindo resiliência e proteção até os dias atuais.