Frequência de alimentação para tambaquis em fase de crescimento cultivados em hapas

Abstract

Na criação de peixes torna-se necessário tomar medidas que visam a economia em relação aos custos com ração por meio do adequado manejo alimentar. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da frequência alimentar sobre o desempenho produtivo de tambaqui na fase de crescimento, cultivados em hapas. Foram utilizados 225 juvenis de tambaqui, com peso médio inicial de 595,46 ± 19,71g, distribuídos em 15 hapas em delineamento inteiramente casualizado. Foi fornecido ração extrusada contendo o teor 28% de proteína bruta a uma taxa alimentar (TA) de 1,8% do peso corporal e após 44 dias de cultivo, foram submetidos a TA de 1,4%. Os tratamentos utilizados foram diferentes frequências de alimentação conforme a seguir: três grupos de uma vez ao dia, ofertados às 7h30, às12h00 e às 17h00, grupo de duas vezes ao dia (7h30 e 17h00) e grupo de três vezes (7h30, 12h00 e 17h00) totalizando 5 tratamentos. Os valores dos parâmetros de qualidade da água para a condutividade, temperatura, oxigênio dissolvido e pH foram de 39,2 μs; 29,1 oC; 5,25 mg/l; e 7,5, respectivamente, durante o cultivo. Os valores de peso final e ganho de peso médio corporal não foram influenciados pela frequência de arraçoamento (p>0,05) apresentando média de 1043,08 g e 450,59 g, respectivamente. Somente a medida biométrica de comprimento de cabeça foi influenciada (P<0,05) pelas frequências de arraçoamento, tendo os animais dos tratamentos de duas vezes ao dia e os de uma vez ao dia às 17h00 apresentando valores superiores aos demais. Através destes resultados pode-se concluir que frequência alimentar de duas vezes ao dia é a mais recomendada por apresentar a melhor conversão alimentar para os juvenis de tambaquis criados em harpas.