Transtorno de ansiedade, desempenho acadêmico e aprendizagem: contribuições da teoria histórico-cultural

Abstract

O presente artigo apresenta uma pesquisa bibliográfica que se realizou a respeito de estudantes com Transtorno de Ansiedade (TA) e a forma como ele afeta o desempenho acadêmico e a aprendizagem. Essa pesquisa teve como objetivo geral compreender fatores relacionados à dificuldade de aprendizagem e desempenho acadêmico de estudantes com TA à luz da Teoria Histórico-Cultural, apoiando-se nos seguintes objetivos específicos: analisar resultados de pesquisas anteriores relacionadas ao comportamento de acadêmicos com transtornos de aprendizagem; demonstrar de que forma a ansiedade afeta a aprendizagem e o desempenho acadêmico e identificar os elementos da Teoria Histórico-Cultural que contribuam para a compreensão do fenômeno do TA no meio acadêmico, bem como com possíveis intervenções teórico-metodológicas para a superação desse problema/dessa dificuldade. Os principais autores utilizados na pesquisa foram Libâneo (2004), na discussão quanto a aprendizagem e, ao mesmo tempo, com referência à Teoria Histórico-Cultural; Vigotski (1991) e autores da Teoria Histórico-Cultural; Dalgalarrondo (2019), com a definição clínica sobre o TA e autores relacionados a esta temática. Com esse estudo foi possível constatar que os universitários desenvolvem transtornos psíquicos durante a vida acadêmica. Constatamos ainda a ausência de pesquisas que considerem o TA como um fator que afeta a aprendizagem. Assim, detectamos a necessidade de estudos para análise dessa realidade, pois o transtorno de aprendizagem nem sempre pode estar relacionado a outros transtornos como TDAH, Dislexia etc., mas pode ser ele mesmo o próprio agente causador do TA, ou o TA pode ser também fator determinante para o surgimento do transtorno de aprendizagem. Com essa pesquisa, confirmamos que a Teoria Histórico-Cultural lança luzes ao facilitar-nos a compreensão de como o meio interfere e cria situações de comportamento, pois o meio influencia no comportamento do sujeito, espaço este no qual a linguagem figura como um papel importante, pois nela se encontram a subjetividade e os sentidos que moldam, criam e recriam o meio e o sujeito desse meio – o homem.