Pedagogia da Escuta: relato sobre a prática pedagógica de duas professoras da Educação Infantil do município de Ji-Paraná/Rondônia

Abstract

Esta pesquisa tem como objetivo identificar se a Pedagogia da Escuta está presente na prática pedagógica de duas professoras da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Ji-Paraná-RO, e se essa abordagem traz alguma contribuição para aprendizagem da criança na Educação Infantil. A fundamentação teórica sobre a temática da pedagogia da escuta foi pautada em Edwards, Gandini e Forman (2016), Santos (2012), Cerqueira (2006), Freire (1996a) e Freire (1996b). A discussão teórica sobre o contexto histórico da Educação Infantil e bem como os documentos orientadores da políticas nacional e municipal para essa etapa da educação, foi consultado os seguintes autores Barros (2008), Paschoal e Machado (2009), Constituição da República Federativa do Brasil (1988), A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2009), Base Nacional Comum Curricular (2018) e Orientações Curriculares da Rede Municipal de Ensino de Ji-Paraná (2020). A metodologia utilizada na pesquisa foi a pesquisa de campo de cunho qualitativo, segundo Marconi e Lakatos (2003) e Gil (2002). A estratégia metodológica foi o estudo de caso (GIL, 2002) e os sujeitos que colaboraram com a pesquisa de campo foram duas docentes da Educação Infantil do município. A coleta de dados se deu por meio de observação e entrevista semiestruturada. A análise das informações geradas por intermédio da entrevista foi com base nos núcleos de significação de Aguiar e Ozella (2006) e Silva (2017). A pesquisa demonstrou que a abordagem da Pedagogia da Escuta é um estudo recente, que aos poucos está se consolidando na prática docente dos professores da Educação Infantil, por meio de estratégias pedagógicas sugeridas no próprio currículo municipal da educação infantil. Também foi possível perceber a necessidade de intensificar a apropriação do conceito em sintonia com as práticas trabalhadas nas instituições escolares evitando ações divergentes que não colaboram para o reconhecimento do protagonismo das crianças no processo de construção do conhecimento.