Formar para além das competências técnicas: exigências docentes para uma escola inclusiva e experiencial.

Abstract

Este trabalho é resultante de pesquisa exploratória e documental de natureza metodológica bibliográfica descritiva e documental, apresenta os resultados obtidos através das análises de matrizes curriculares dos cursos de Pedagogia, modalidade presencial, existentes em Porto Velho, nos anos 2022-2023, de IES pública (uma) e privadas (duas), cujas preocupações iniciais foram detectar entre elas parâmetros comuns e específicos que visem a formação docente para além das competências técnicas. Isso implica dizer que preparam seus acadêmicos e acadêmicas para lidarem com a diversidade e as diferenças nas salas de aula, reconhecendo e valorizando as individualidades dos seus educandos. Ou seja, identificar componentes que proponham a reflexão sobre o papel social do professor na contemporaneidade, que aludam as interações sociais, fomento à curiosidade e o pensamento crítico, a adaptabilidade, a empatia, a flexibilidade e resiliência nos atos de ensinar e de aprende et cetera; e, quais os possíveis efeitos sobre os cidadãos de uma sociedade diversa e, ao mesmo instante que se reconhece singular? Os objetivos foram: reconhecer a relevância do curso de Pedagogia para a Comunidade e identificar as prioridades estabelecidas pelos alunos, professores e gestores na busca por uma formação diferenciada daquela ofertada nos moldes tradicionais, na qual o professor era o centro das atenções; evidenciar a importância de uma formação que reconhece e valoriza a diversidade e as diferenças de seus alunos, que sejam capazes de adaptar as práticas de ensino para atender às necessidades individuais, culturais e de aprendizagem, respeitando as fases de desenvolvimento do ser humanos e atendendo as perspectivas da educação inclusiva; apresentar os motivos pelos quais o professor deste século XXI deve estar aberto à inovação e incorporação de métodos pedagógicos modernos e as tecnologias educacionais para tornar as aulas mais dinâmicas, interativas e alinhadas com as necessidades dos alunos. Logo, mais significativas para sua formação cidadã. Teoricamente, buscou-se sustentação Amaral (2009); Amaral e Brasileiro (2008); Brasil (2009); Brasileiro, Maciel e França (2014); Freire (1995 e 2015); Formosinho (2009); Hooks, (2013); Lévy (2003); Libâneo (2010); Maciel, Mourão, Ferrozo, Braga e Frutuoso (2016); Morin (2002 e 2005); Nóvoa (1992 e 1999); Pimenta (1997 e 1999); Silva, Pedrosa e Isobe (2020); (Tardif (2000) entre outros que nos instigam a pensar na maneira mais justa, eficaz e eficientemente os espaços educativos, a formação do educador do presente e do futuro, reconhecendo e valorizando o percurso que nos trouxe até os dias atuais, bem como nos induz a repensar o nosso fazer didático e pedagógico, a formação continuada e a prática docente cotidiana. Assim, gostaríamos de contribuir com esse cenário complexo e diverso, mas necessário à nossa mudança pessoal e as transformações da sociedade.